Sobral, 16/02/2013 às 00:00
Ontem
a lua se escondeu, as estrelas estavam tímidas e não deram o ar da graça! O céu
estava cinzento e uma densa neblina deixou a noite com um aspecto sombrio, nada
inspirador para os amantes.
Mas,
minha intuição me dizia que a noite seria especial! Não sei se porque vi você à
tarde e meu coração palpitou de uma forma que há tempos não sentia, meu corpo
inteiro reagiu, um calor percorreu cada músculo e as lembranças povoaram minha
memória num piscar de olhos. Tive que me conter e se contentar só em olhar e
seguir meu caminho. À noite preparei-me psicologicamente e fisicamente. O banho
foi demorado como de costume, hidratei-me com um bom e refrescante óleo de
banho para deixar a textura da pele macia e cheirosa, vesti-me e fui para rua
encontrar as amigas e aguardar as surpresas que o destino me reservava.
Alguns
copos de vinho para aquecer um pouco do frio a noite seguia normalmente. Oi
para um, olá para outro, abraço em um amigo, aperto de mão em um conhecido, conversas
atualizadas, pessoas se dispersando, altas horas, madrugada chegando, mas, não deixei
desanimar estava eufórico eu ia encontra-lo novamente. Firme em meu propósito
estava no balcão do bar tomando uma água, quando você chegou me olhou nos olhos
e só falou “estou indo pra casa tá a fim não?” Era tudo que eu mais desejava,
poder senti-lo novamente desbravando cada centímetro do meu corpo. Respondi que
sim e fui para o mesmo local de sempre, como em um passe de mágica você surgiu
excitado, respiração acelerada, o desejo era visível em seu corpo, suas mãos dominadoras
fortes e viris apalpavam, desciam e subiam passeando sobre mim. Ahh o cheiro
era o mesmo forte e intenso, os gestos eram másculos e ao mesmo tempo delicados,
pele morena, pelos rentes, o sabor do teu corpo continuava o mesmo.
Embalados
pela excitação, o calor que emanava dos nossos poros, só sentir quando você me
girou no ângulo de 90º, virando-me de costas, seus lábios mordendo meu pescoço,
seus pelos eriçados roçando em mim, e seu membro ávido por explorar minha
gruta, deixei-me dominar por sua força. Cedendo ao peso do seu corpo em um
encaixe perfeito, desrespeitando as Leis da física de que dois corpos não podem
ocupar o mesmo lugar no espaço. Nesse instante em que me permitia ser possuído por
você, dançando conforme o seu ritmo, nossos corpos executavam um balé que
nenhum compositor ousou compor ainda.
O
ambiente não era um dos mais adequados para testemunhar um ato de romance, mas,
se permitiu ser usado e acabou sendo cúmplice do desejo da carne. Seus impulsos
eram amortecidos por minha pele, a cada estocada sua, relaxava mais e pedia
para que você continuasse. Não tenho noção de quanto tempo ficamos
entrelaçados, suas pernas apoiada nas minhas para permitir mais apoio, sua língua
passando de leve em minha orelha, movimentos mais precisos, suor escorrendo, um
gemido alto, sua energia dentro de mim, você desabando por cima do meu corpo e
o prazer foi consumado. Igual às outras vezes em que não controlamos nossos
instintos e nos permitimos viver o prazer intensamente.
Não
somos amigos, não somos namorados, mas, somos amantes! Eu sei que amanhã você
nem vai falar comigo na rua, serei pra você novamente um completo estranho e eu
seguirei vida normalmente até que um dia, como um fenômeno raro da natureza
nossos corpos possam se encontrar para mais uma sessão de: TESÃO, SEXO &
PRAZER...
Tatá Arrasa (Martins Anastácio)